quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Checape


                                           


                                           



                                         
                                               Checape
Hoje em dia, as pessoas adoram fazer checape. Será que isso, do ponto de vista científico, tem algum fundamento? Lamento informá-lo que não. Mais de 90% dos exames de checape solicitados não apresentam uma indicação formal. Eles são pedidos por conveniência, só pra agradar o “cliente”.
Como assim, doutor? Quer dizer que não preciso fazer exames?”, você poderia perguntar. Não é bem assim, meu amigo. Alguns exames são, sim, necessários, mas são muito poucos. Medir a pressão arterial em adultos a cada um a dois anos é interessante, assim como fazer alguns outros exames. O exame de colesterol é recomendado a cada cinco anos para homens com 35 anos ou mais e para mulheres com 45 anos ou mais. Exame de glicemia, para detectar o diabetes, a cada três anos para pessoas com fatores de risco.
Estudos científicos publicados nas melhores revistas médicas do mundo provaram que fazer checapes não aumenta a expectativa de vida de ninguém, tampouco melhora a qualidade de vida. Como assim? “Não é melhor eu fazer muitos exames?” Não é bem assim. Os exames podem dar resultados falsos positivos. O que isso quer dizer? Quer dizer que o exame deu positivo, mas você não tem a doença. Esse resultado positivo leva você a fazer outros exames, como biópsias, por exemplo. Esse resultado falso positivo causa ansiedade e estresse, e você acaba sofrendo com a situação, já que isso perturba sua qualidade de vida. Isso sem falar nos gastos desnecessários. Nos Estados Unidos, mais de 300 milhões de dólares por ano são desperdiçados em exames desnecessários. Esse dinheiro poderia estar sendo investido em outras áreas prioritárias, como educação e recuperação de criminosos e dependentes químicos.
Se você é uma pessoa que gosta de cuidar da sua saúde, quem sabe você começa a comer mais alimentos naturais e integrais como frutas, vegetais, arroz e pão integrais? Quem sabe você começa uma atividade física ao ar livre? Dessa forma, você vai aumentar os anos e a qualidade da sua vida.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

1 minuto ou 15 minutos






                        

                     1 minuto ou 15 minutos 

               Quem deseja conquistar qualquer coisa na vida precisa de esforço. Quanto mais esforço você depositar em uma causa, melhor será o resultado obtido com isso. Por que o atual modelo de saúde não está obtendo resultados satisfatórios? Por que as doenças crônicas, o câncer e tantos outros problemas de saúde estão tão presentes em nossa sociedade? Em poucas palavras, podemos dizer que a causa disso é que hoje em dia a busca é pelo menor esforço. 

                Geralmente, quando uma pessoa busca atendimento médico, ela não pretende realizar um grande esforço para obter a cura. Ela acredita que o médico possa realizar um trabalho tão bom, mas tão bom, através da sua inteligência e sabedoria, que todos os problemas de saúde existentes possam ser resolvidos de forma rápida e eficiente, do tipo “tirar com a mão”. “Doutor, não tem uma injeçãozinha que possa resolver o meu problema?” 

                Esse é o sonho de consumo do paciente: encontrar um médico excelente que receite uma injeção que possa tirar toda a sua dor e o seu sofrimento em menos de 1 minuto. Que maravilha!


             A realidade é bem diferente disso, e essas curas instantâneas e milagrosas não são a regra da Medicina. Aqui, vale a regra do maior esforço. Quanto maior for o esforço, maior será a recompensa. Se você quer obter um resultado duradouro e definitivo para a sua saúde, não invista apenas um minuto, mas no mínimo quinze minutos por dia.


           O que você pode fazer em 15 minutos? Pode começar a praticar uma atividade física, pode começar a meditar, pode plantar verduras no pátio da sua 
casa ou em um vaso do seu apartamento, pode cultivar brotos, pode ler um belo livro inspirador ou escutar uma bela música que possa fazê-lo se esquecer de todos os seus problemas. E aí fica a pergunta: quem vai obter mais saúde, quem investe um minuto ou 15 minutos do seu tempo diário?

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Nosso Carro



Nosso Carro


Vamos fazer um exercício de imaginação? Acabamos de tirar da concessionária aquele nosso carro dos sonhos: uma Ferrari, um Porsche ou uma Mercedes. Querido leitor: por favor escolha o carro da sua preferência para fazer este exercício.
Você acaba de sair da concessionária todo pimpão com aquele carrinho brilhando, com cheirinho de novo. Você chega em casa e seu amado cachorro, louco para lhe dar as boas-vindas e lhe receber com carinho, coloca as patinhas na porta do carro novo e arranha a lataria. Como você se sente? Mal, muito mal, eu imagino. Pode estar com raiva, angústia ou decepção. Por quê? Porque geralmente valorizamos muito nossos bens materiais. Valorizamos até demais, e essa valorização excessiva nos leva ao sofrimento, quando perdemos nossos bens ou quando são danificados.
O que eu quero com toda essa história é chegar na seguinte questão: por que não valorizamos do mesmo modo esse “carro” que recebemos no momento no qual nascemos? De quem eu estou falando? Do corpo humano.
Se tivéssemos um desses carrões que mencionei acima, nós colocaríamos nele o melhor combustível que pudéssemos encontrar, mas em relação ao nosso corpinho deixamos muito a desejar neste quesito. Muitas vezes, colocamos qualquer coisa que encontramos pela frente. Não temos o mesmo zelo que teríamos caso tivéssemos uma Ferrari de 1 milhão de dólares.
Aqui eu pergunto ao leitor: quanto vale o corpo humano? Ele vale mais ou menos do que um carrão importado? E por que não cuidamos tão bem dele? Da próxima vez que for colocar qualquer “combustível” para dentro do seu corpo, pense nisso.
Gostou?
Veja mais artigos em www.doutorfruta.com.br







segunda-feira, 15 de junho de 2015

Vegetarianos morrem menos de doença cardíaca e de câncer

Death and Disease Rates of Vegetarians and Vegans – Summary of Prospective Cohorts, 1960–2014



          Uma revisão sistemática de 7 estudos envolvendo 124.706 participantes demonstrou que os vegetarianos apresentam mortalidade por todas as causas 9% menor quando comparados a não vegetarianos. 

          A mortalidade por doenças cardíacas isquêmicas foi significativamente menor nos vegetarianos, atingindo um percentual de 29% de redução. Foi observada uma redução de 16% na mortalidade por doenças circulatórias e 12% menor na doença cerebrovascular. Os vegetarianos tiveram uma incidência 18% de câncer quando comparados a não vegetarianos.


Fonte: Huang et al. Cardiovascular disease mortality and cancer incidence in vegetarians: a meta-analysis and systematic review. Ann Nutr Metab 2012:60(4):233-40.

Riekki J. Death and Disease Rates of Vegetarians and Vegans - Summary of Prospective Cohorts, 1960-2014.